terça-feira, 24 de setembro de 2013

A TOLERÂNCIA PARA COM OS FRACOS NA FÉ

Rm 14.1 ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
 Aqui Paulo ensina que não devemos querer achar a razão, porque, se alguém está ENFERMO NA Fé, deve-se recebê-lo, não querendo aplicar a Lei, mas aplicar a Graça, porque a Graça que É pela fé.

Rm 14.2 Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.

Aqui Paulo esclarece que, os que estão enfermo na fé, acham que seja pecado comer carne.

"e outro, QUE É FRACO, come legumes". Paulo fala que os enfermos na fé, acham que comer carne seja pecado.

Rm 14.3 O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.

 Os cristãos sabem respeitar os que se sentem na necessidade de só comerem legumes.

 Mas os fracos que acham que comer carne seja pecado, e por isso só comem legumes; esses sim que se acham no direito de criticar os que comem carne, embora também comamos legumes.

Paulo mostra que os comedores só de legumes, e que não comem carne; que são os criticadores, acusando de estarem pecado os que comem carne.

Daí Paula está dizendo que os comedores de legumes segundo a Lei, são os ENFERMOS NA FÉ.

Rm 14.4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.

Aqui Paulo fala contra os que comem legumes, se justificando na Lei, que por estarem ENFERMOS NA Fé, julgam o servo alheio.

Paulo esclarece que esses ENFERMOS NA Fé, tem que aprender que não é o comer carne, e nem somente comer legumes que estejam na Graça de Deus, porque É Deus quem fortifica a todos, independentemente dos artigos da Lei, falando contra os que se acham certos em citarem a Lei para julgarem os que estão na Graça.

Jesus ensinando seus discípulos disse: “Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.17-19).

Rm 14.5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
 Aqui Paulo fala que o considerar um dia ou outro, não é questão de mandamento, mas sim de VOLUNTARIEDADE DE Fé.

Paulo esclarece que NINGUÉM deve se considerar debaixo da LEI DE TER QUE GUARDAR UM DIA EM 7.

Ora, se um Cristão quer consagrar ao Senhor um, dois, três dias na semana, conforme o sentimento do seu coração na SENSIBILIDADE da GRAÇA DE DEUS, não pode ser criticado, pois NÃO O FAZ POR QUESTÕES DE MANDAMENTO DE TER QUE GUARDAR, mas com CONVICÃO e SEGURO de que está reconhecendo o SENHORIO DE CRISTO.

Rm 14.6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

Conforme está explicado quanto ao ves. 5; Paulo fala do sentido da SENSIBILIDADE ESPIRITUAL DE FÉ e não SOB-RIGOR DA UMA LEI, que OBRIGAVA GUARDAR UM DIA EM 7.

Quem passa seus DIAS aqui, sabe-se que há os que não são gratos a Deus pelos DIAS que vivem, não reconhecendo que suas vidas foram dadas por Deus.

Há os verdadeiros cristãos adoradores do Senhor, que EM TODOS OS DIAS agradecem a Deus por mais um DIA, sabendo discernir, não pela Lei, mas pela Fé, que a Vida que vivemos foi dada por Deus o DIA que vivemos, também foi dado por Deus.

Portanto devemos consagrar TODOS OS DIAS AO SENHOR, e não somente um em 7, sob a obrigatoriedade da Lei do Velho Conserto.

AGORA QUANTO A QUESTÃO DO COMER:
Paulo esclarece que devemos comer com discernimento e de consciência limpa, sem o sentido do não coma isso ou aquilo, pois essas coisas são requisitos da LEI.

Ora, que comamos carne, ou não, devemos dar graças ao Senhor e este ensino Deus nos Deu na revelação que deu a Pedro quanto à sua visão do lençol, para que Pedro deixasse de considerar IMUNDO o QUE DEUS PURIFICOU.

 Há os que não comem carne por questões de legalismo tão somente, e ainda criticam os que comem carne, ou seja, como Paulo bem afirmou: SÃO OS ENFERMOS NA Fé.

Paulo não usava o expediente de armações doutrinárias; como faziam os legalistas do Velho Conserto da época de Paulo; os legalistas do Velho Conserto do sabatista do Sétimo Dia, o fazem nos dias de hoje.

Para justificarem guarda de sábados no NOVO CONSERTO, deturpam Cl 2.16,17, como tenta deturpar Rm 14.4,6, como provado aqui.

Ou seja, para justificarem que seja pecado comer carne, inclusive de porco fazem falcatruas doutrinárias, de que Paulo estaria se referindo a dias de festas e não do quotidiano.

Só que no Torah havia permissão de comer carne, tanto das dos dias de festas, quanto fora dos dias de festas:
Enquanto que, há ordem de NÃO COMER CARNE, assim como a ORIENTAÇÃO para COMER CARNE.

Jr 7.21 - Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne.

Dt 12.20 - Quando o Senhor teu Deus dilatar os teus termos, como te disse, e disseres: Comerei carne; porquanto a tua alma tem desejo de comer carne; conforme a todo o desejo da tua alma, comerás carne.

Dt 12.15 - Porém, conforme a todo o desejo da tua alma, matarás e comerás carne, dentro das tuas portas, segundo a bênção do Senhor teu Deus, que te dá em todas as tuas portas; o imundo e o limpo dela comerá, como do corço e do veado;

Não era proibido comer carne limpa ou imunda. Sabemos que há casos que não se podia comer carne, nem limpa e nem imunda; e assim vemos que o sabatista DESCONTEXTUALIZA a Palavra de Deus, optando em seu dogma decisões segundo o entendimento humano, que são as tradições carnais.

Não há na Bíblia nenhum ordem de COMER ou NÃO COMER legumes e vegetais.

“Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Rm 14.13).

A primeira parte do versículo Paulo nos ensina a não julgar uns aos outros. [....] Embora devamos abster-nos de julgar uns aos outros em questões triviais, os crentes devem encorajar uns aos outros tendo em vista a semelhança a Cristo e a santidade quanto à fé, a doutrina e a moral (Hb 10.24). Trata-se de, com toda a sinceridade, avaliar (1ª Ts 5.21; 1ª Jo 4.1), corrigir e repreender uns aos outros em amor e humildade (Lc 17.3) e, quando necessário for, exercer a disciplina eclesiástica (cf. 1ª Co 5.12,13; 2ª Ts 3.6,14; 1ª Tm 5.20,21; 2ª Tm 2.24-26; 4.2).

A palavra tropeço no original é Skandalon que é traduzida por “escândalo”, “tropeço”, “armadilha”, e “cilada”, e skandalizein é o verbo correspondente.

Quando nos voltamos ao NT descobrimos que a RA quase sempre traduz skandalon por “tropeço”, palavra esta que é melhor entendida quando vamos àquelas passagens com o sentido duplo de skandalon em nossas mentes; achamos que em certas passagens o outro significado oferece um quadro mais vivo.

A palavra skandalon não é de modo algum uma palavra do grego Koiné. Na realidade ela é sem dúvida do grego posterior [skandaléthron], que significa “a vareta com isca na armadilha”. O skandaléthron era o braço ou a vareta em que a isca era fixada. O animal para o qual a armadilha era armada era levado pela isca a tocar ou pisar na vareta; a vareta acionava uma mola, e assim o animal era conduzido à sua captura ou destruição.

No grego clássico a palavra significa “armadilhas verbais” armadas para levar uma pessoa a ser derrotada num argumento. Portanto, fica claro que a qualidade original da palavra não era tanto “uma pedra de tropeço” para fazer alguém tropeçar, mas uma “atração” para levar alguém à destruição.

Na Septuaginta, portanto, a palavra skandalon tem duas idéias por trás dela. Significa ou uma “pedra de tropeço”, objeto colocado no caminho de um homem para fazê-lo tropeçar, ou “uma armadilha”, “uma isca”, “um engodo” para atraí-lo para fora do seu caminho e assim arruiná-lo.

A palavra “pedra de tropeço” aos Romanos 14.13, é mais apropriado e essencial. Paulo nos ensina a não colocarmos “tropeço” ou “escândalo” diante de nosso irmão. A palavra aqui traduzida “escândalo” é proskomma, que significa “barreira”, “impedimento”, “obstáculo que bloqueia a estrada”. É a palavra que seria útil para descrever uma árvore que foi cortada e colocada atravessando a estrada para bloqueá-la.

Jesus confronta os líderes religiosos de sua época dizendo:

 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!” (Mt 23.13).

Jesus está falando que os religiosos não entram no Reino dos Céus, nem deixam entrar quem quer entrar, ou seja, eles colocam barreiras que são as doutrina de homens (Mt 15.9), assim eles “atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los (Mt 24.4).

Paulo nos ensina que nunca devemos praticar ou permitir coisa alguma que seja um obstáculo no caminho para a bondade. Em Mateus 13.21 declara-se que o ouvinte superficial da palavra é “escandalizado” (skandalizein) pela perseguição. A perseguição é um tropeço que o impede de avançar pelo caminho cristão.

Os fariseus “se escandalizaram” com Jesus e Suas palavras (Mt 15.12). Jesus prediz que todos os Seus discípulos se “escandalizarão” com Ele (Mt 26.31). Os falsos mestres armam “ciladas” diante dos outros (Ap 2.14). Os fariseus acham a cruz de Cristo um “escândalo” (lª Co 1.23; Gl 5.11). Em todos estes casos, as palavras significam algo que impede o progresso de um homem, algo que o faz tropeçar, algo que lhe impede o caminho. Esse “algo” pode provir da atuação maliciosa dos outros, ou pode provir do preconceito e orgulho do próprio coração do homem.

Jesus avisou com bastante franqueza: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Aí do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” (Mt 18.6-7).

Segundo o ensino de Jesus, quem arruinar espiritualmente uma criança, ou um crente sincero, incorrerá em maior ira de Cristo.

Pastores, padres, professores e principalmente os pais devem prestar atenção especial a esta palavra de Cristo. É responsabilidade dos pais e mestres instruírem as crianças nos caminhos de Deus.

Jesus diz que inevitável o homem trazer escândalo. Mas, também adverte com um “ai” de juízo para aquele que escandalizam a obra de Deus pelos seus maus atos. Seria melhor atar uma pedra de moinho no pescoço e se jogar no mar. Teriam uma condenação menos acentuada no inferno.

14.20 “Não destruas a obra de Deus” – Este é um IMPERATIVO PRESENTE ATIVO com a PARTÍCULA NEGATIVA, o que normalmente significa parar um ato já em processo. Este é um VERBO COMPOSTO (kata + luō) bastante forte, usado somente três vezes nos escritos de Paulo (em 2ª Co 5.1, para falar de morte, e em Gl 2.18 com o mesmo sentido daqui, ou seja, de “destruir”). Há um jogo linguístico entre “edificar” (v. 19) e “destruir”, significando literalmente “derrubar”. Ambos são metáforas da área de construção.

Qual é “a obra de Deus” neste contexto? Não pode ser maturidade, mas a atividade do Espírito na vida dos crentes “fracos”. Nem neste contexto nem em 1ª Co 8-10 Paulo diz que um grupo deve ajudar o outro a mudar ou a se adaptar! “é verdade que tudo é limpo”.

Pr. Elias Ribas