segunda-feira, 30 de setembro de 2013

TEOLOGIA BÍBLICA DO BATISMO CRISTÃO E DA SANTA CEIA DO SENHOR.



 


Senhor nosso Deus, quando estamos com medo, não permitas que desesperemos. Quando estamos desapontados, não permitas que a amargura tome conta de nós. Quando nosso entendimento e a nossa força se esgotarem, não nos deixes perecer! Que sempre sintamos a tua presença e o teu amor
Karl Barth, 1886-1968 – teólogo suíço

Acreditamos como Igreja evangélica, que os únicos mandamentos que Cristo deixou para Sua Igreja foram o Batismo em Águas e a Santa Ceia do Senhor. Tudo o que foge deste princípio, são considerados como erro doutrinário.


Teologia Bíblica do Batismo


Cristãos não são apenas pessoas boas, são ou supõe-se que sejam pessoas novas - C. S. Lewis

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi me dada a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, BATIZANDO-OS em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos ( Mt.28:18-20NVI)

Hoje, vivemos um momento de vertiginoso crescimento no mundo evangélico, quando milhares e milhares de pessoas em todas as partes estão sendo batizadas.
O batismo cristão é um mandamento bíblico a ser seguido e obedecido pela Igreja e pelo cristão autêntico.

O batismo cristão tem sido praticado desde o primeiro século da história da Igreja. Ele não é um ato criado por um homem ou denominação (Igreja), mas uma ordem de Cristo Jesus para a Sua Igreja, conforme está registrado no Novo Testamento, mais precisamente nos livros de Mateus 28.19 e Lucas 22.19.

Louis Berkhof diz que o batismo cristão foi instituído com autoridade divina, logo ele é obrigatório para todas as gerações subseqüentes. Os Sacramentos são rituais que manifestam a graça de Deus aos crentes. Nós, evangélicos, costumamos chama-los de “ordenanças”, que é um sinal exterior e visível de uma graça interior e espiritual.

Segundo a concepção evangélica, existem somente dois sacramentos ou ordenanças emanados de Jesus Cristo: O Batismo em águas e a Santa Ceia do Senhor Na linguagem do reformador Martinho Lutero, esses dois rituais recebiam, pela ordem, os nomes de “Banho” e de “Pão”.

Quanto ao Batismo em águas, ele representa o ingresso do crente na comunhão com a Igreja, e também o compromisso diário com Cristo e com os irmãos da comunidade da fé.

A palavra batizar (do grego baptizõ) significa imergir, mergulhar. Vimos nos evangelhos que os seguidores do profeta João Batista foram batizados dentro do rio Jordão, conforme Marcos 1:5 e Mateus 3:6.

Algumas Igrejas cristãs batizam por aspersão (respingar água), outras por efusão (derramar água), porém é costume da Igreja, desde o primeiro século, batizar por imersão (Jo 3.23; At. 8:36; At. 8.38-39).

A grande maioria da ala evangélica, batiza por imersão, ou seja, mergulhamos a pessoa em água, prática que os teólogos chamam de “Imersionismo”.

No início do ministério de Jesus Cristo, o batismo estava sendo praticado por João Batista, o precursor do Nosso Senhor (Mc.1:2-11; Jo.19:34) e percebe-se que o mesmo tinha duas ênfases:

• Arrependimento do pecado (Mt. 3:2);
• Antecipação à vinda do Reino de Deus e o juízo (Mt. 3:7-12)

O próprio Jesus Cristo foi batizado por João Batista. Porém, temos que entender que Ele foi batizado não porque tivesse pecados, pois a própria Bíblia diz que Ele não tinha pecado. Tanto era assim que João Batista não queria batizar Aquele do qual ele não se considerava digno nem de desatar as sandálias (Mt.3:14).

Todavia, a doutrina bíblica está aí a garantir que aquele ato era necessário. Jesus Cristo teria que ser batizado para nos deixar exemplo, para se identificar conosco e para consagrar ao Pai o Seu trabalho de salvação (Mt. 3:17).

Como Senhor ressurreto, Jesus enviou a Igreja para fazer discípulos e batizar a todos em nome trino do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt. 28:19). Assim, essa é a missão da Igreja: obedecer ao seu Senhor em todas as coisas. E o que se vê é a Igreja procurando ser obediente a esse mandato de Jesus Cristo em toda a sua história.

O batismo nas águas, em si, não tem poder para salvar um indivíduo. As pessoas não são batizadas para serem salvas; ao contrário: elas são batizadas porque já são salvas.

Como o ritual do batismo é uma obediência às palavras de Jesus Cristo, logo ele não pode ser considerado como “preciso ou não preciso” — Ele é um mandamento e não uma opção. (Mc.16:16)

Quando o candidato ao batismo desce às águas, costuma-se imaginar a figura do descer à sepultura ou de um sepultamento. Neste caso, falamos do sepultamento do velho homem, da velha vida, do mundo.

No ato de sair das águas vemos a figura da ressurreição com Cristo, onde a pessoa está partindo para uma nova vida com o Salvador, uma vida cheia de novidades e muito abundante ( Rm. 6:3-8; Cl. 2.12).

Mas, quem deve ser batizado? Segundo o Novo Testamento, somente devem ser batizados aqueles que fazem uma profissão de fé digna de crédito.

A razão disso é que o batismo, que é um símbolo do início da vida cristã, deve ser ministrado apenas aos que, de fato, iniciaram a vida cristã (At. 2:41; 8.12; 16.32-33).

Diante disso, então, quais seriam os requisitos necessários para
uma pessoa conseguir formalizar a membresia na Igreja? Segundo o doutor Ed Hayes, existem essencialmente quatro requisitos:

• Um coração regenerado: É de suma importância entendermos que a regeneração ou o novo nascimento é uma obra do Espírito Santo no homem interior e que essa obra secreta só pode acontecer por intermédio de Deus. O apóstolo Paulo deixa isso claro em Efésios 2:2-10, quando mostra que é Deus quem nos dá vida em Cristo Jesus. Para Hayes, caso a Igreja pretenda manter a sua pureza, é essencial que a sua membresia seja regenerada. Em momento algum a Igreja pode tolerar que sua membresia seja composta de regenerados e de não-regenerados;

• Uma confissão de fé verossímil: Como o batismo é uma ordenança, o batizando deve fazê-lo em obediência à ordem de Cristo, como uma confissão de fé no seu salvador, e não como uma exigência externa;

• Batismo voluntário em obediência a Cristo: Como já foi falado, o batismo nas águas, em si, não tem poder para salvar. Reafirmamos que as pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas porque já são salvas. É uma conseqüência. O batismo é a concretização pública do que Deus fez na vida do indivíduo, a expressão exterior daquilo que o Espírito realizou no homem interior. Dessa forma, o batismo não é só um banho de água, mas uma confissão de fé e de amor.

• Vida cristã exemplar: A vida cristã tem o seu nascedouro no novo nascimento, na concretização do batismo e na santificação como caminhada de fé. É de suma importância, para todos os crentes, que a vida cristã genuína seja marcada pelos frutos do bom testemunho. A vida exemplar do cristão é uma marca de que Jesus realmente é o Senhor da sua vida e de que esse mundo não tem mais atrativos para o regenerado.

Logo, o desejo dele é agradar a Deus, vivendo uma vida cristã exemplar, quando o nome de Deus será glorificado na Igreja e na sua vida. Um cristão que se batiza e vive ainda na velha vida, sem a marca do arrependimento, simplesmente participou de um teatro batismal, tomou um banho, mas o seu coração ainda está longe de Deus e de Sua palavra.

Reafirmamos que o batismo é um símbolo externo de uma regeneração interna. Dessa forma, entendemos que uma criança não pode ser batizada, pois ela ainda não reúne condição de crer. A Bíblia diz: “...aquele que crer e for batizado...”

Se o batismo está numa ordem de fé e obediência, uma criança não tem discernimento disso, pois o batismo é uma declaração pública de uma decisão em virtude da regeneração já efetuada pelo Espírito Santo no homem interior. Não existe nenhuma menção de batismo infantil na Bíblia.

A prática do batismo de crianças só apareceu após o período apostólico, sendo que muitas Igrejas evangélicas a praticam da mesma forma que os católicos.

No lado evangélico, eles defendem sua prática infantil apelando para o pacto. Logo, eles ligam o batismo ao ato judeu da circuncisão e a uma regeneração futura da criança, que no momento encontra-se sob a tutela dos pais (Hayes).

A pratica de muitas igrejas evangélicas não é batizar crianças (pedobatismo) mas as apresentar a Deus, pois o próprio Senhor Jesus Cristo disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Mc.10:14).

Para encerrar o nosso estudo sobre o batismo em águas, talvez alguém possa perguntar: E aquelas pessoas que aceitaram Jesus Cristo no leito de morte e não tiveram a oportunidade de descer às águas do batismo?

Neste caso, segundo a sua fé e a obra realizada por Deus nele (regeneração, justificação...), ele é capacitado por Deus para a salvação, pois temos exemplos clássicos na Bíblia, sobre isso (Lc. 23.43).
O batismo tem um significado muito importante, pois é uma confissão de fé em Cristo (Rm. 6:3-4; I Pe. 3:212; At. 8:37). Ele está associado com o reconhecimento público de Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada a autoridade nos Céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, BATIZANDO-OS em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos ( Mt.28:18-20NVI)

O batismo também é uma experiência de comunhão com Cristo (Cl 2:12). Para o Novo Testamento, portanto, o batismo é o momento simbólico em que o pecador é unido a Cristo em todo o curso de seu ato redentor: Vida, Morte, Ressurreição, Ascensão e Reino (Gl. 2:20; Ef. 2:5ss). O batismo é uma consagração para se viver para Cristo (Rm 6: 4-22).

TEOLOGIA BÍBLICA DA SANTA CEIA DO SENHOR 

Eu não gostaria de chegar á lua, mas gostaria de chegar á porta da casa de meu inimigo. Não gostaria de semear divergências, gostaria antes de ser instrumento de tua paz, Senhor. Dá-me coragem para construir pontes, dá-me coragem para dar o primeiro passo. Faze-me confiar nas pontes que tu constróis, e quando as atravesso, se tu comigo – K. Rommel

Por que eu recebi do Senhor o que também vos entreguei, que o Senhor Jesus na noite em que foi traído, tomou o pão; e tendo dado graças, o partiu e disse”: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Por que, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice anunciais a morte do Senhor, até que ele venha (I CORÍNTIOS 11.23-26).

A igreja de Jesus Cristo, ao longo dos anos, celebra a Santa Ceia do Senhor. Os escritos antigos, como o “Didaquê”, mostra que os irmãos do passado celebravam com fervor, amor e reverência a Santa Ceia do Senhor. Este segundo Sacramento dado pelo Senhor Jesus Cristo é de suma importância para a vida da igreja (Mt. 26.26-30; Mc.14.22-26; Lc. 22.14-23; I Cor. 11.23-29).

A Santa Ceia do Senhor, também chamada de “Comunhão” e “Partir do Pão”, deve ser obedecida por todos aqueles que são nascidos de novo e que tem Cristo como seu único Senhor e Salvador.

Durante a história da Igreja três escolas interpretaram a Santa Ceia de maneira diferente.

• Doutrina da Transubstanciação: Essa doutrina foi adotada formalmente pela Igreja Católica Romana, através do IV Concílio de Latrão (1215), defendendo a idéia de que as substâncias do vinho e do pão transformam-se literalmente no corpo de Cristo (hoc est corpus meum - Isto é o meu corpo).

• Doutrina da Consubstanciação: Essa segunda corrente foi burilada no período da reforma (1500), ensinando que Cristo está presente nos elementos;

• Doutrina Simbólica: Essa terceira corrente diz que a Santa Ceia do Senhor é algo que caracteriza a presença simbólica e espiritual de Cristo.

O teólogo reformado João Calvino advoga esta posição, quando diz que o pão e o vinho simplesmente simbolizam o corpo e o sangue de Cristo. Esse é um sinal visível de que Cristo verdadeiramente está presente.

A maioria da ala evangélica, crê com clareza na “doutrina simbólica”, pois o pão e o vinho simbolizam o corpo e o sangue de Cristo.

Nós cremos piamente que esse mesmo Cristo que se ofereceu em sacrifício por nós está presente na bendita Santa Ceia do Senhor, nos fortalecendo, abençoando, ouvindo o nosso clamor e aceitando a nossa adoração. Pois Ele mesmo disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt. 18.20).
Devemos compreender, então, como cristãos genuínos, que a Santa Ceia não é uma opção, mas um “sacramento”, ou seja, um “mandamento” dado pelo Senhor da Igreja aos Seus filhos.

Logo, esse mandamento, que são dois (Batismo e Santa Ceia) devem ser obedecidos, pois a obediência a eles produz benção para o povo de Deus e compreensão do sacrifício de Cristo por nós, na cruz do Gólgata.

A celebração da Santa Ceia do Senhor é um sinal de adoração, agradecimento, recordação, etc., por tudo que Jesus Cristo é, por tudo que Jesus Cristo fez e por tudo que Jesus Cristo faz e fará. Como Cristãos nascidos de novo, devemos sempre glorificar o nome de Deus e dar-Lhe graça por tudo que Ele fez por nós.

A nossa eucaristia, palavra grega que significa “Dar graça”, deve ser constantemente demonstrada quando participamos com alegria e gratidão do “Pão e do Vinho” — a Santa Ceia do Senhor.

A Ceia do Senhor também tem um caráter pedagógico, pois devemos ensinar aos nossos filhos o porquê desse ato em “memória de mim”, glorificando o nome do nosso Deus na visibilidade da sua graça.

Devemos também, como cristãos, entender que a Santa Ceia do Senhor não pertence a nenhum grupo organizado, a nenhuma Igreja, a nenhum indivíduo, etc., mas que pertence exclusivamente ao Senhor Jesus Cristo, pois foi Ele quem estabeleceu e nos ordenou que celebrássemos esse ato em comunhão e em “memória Sua”, pois como diz a Bíblia:

Porventura, o cálice da benção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que participamos não é a comunhão do Corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão ( I Cor.10.16-17).

Com esse ato santo, devemos celebrar a nossa total comunhão uns com os outros e também a nossa total união com Cristo. A Santa Ceia do Senhor pode ser vista numa ação tripartida: passado, presente e futuro. Olhando neste aspecto, enxergamos todo o quadro e o propósito de Deus.

Quando voltamos os nossos olhos para o “passado”, percebemos que a Santa Ceia do Senhor é um memorial segundo a Bíblia (Lc. 22.19; I Cor. 11.24-25), o que nos leva para o Calvário e nos faz ver a morte do Filho de Deus, o Cordeiro Santo, por nós. Sua morte salvífica e Sua redenção é motivo de nos alegramos por tamanha graça imerecida.

No “presente”, a Santa Ceia do Senhor é um ato santo de comunhão com Cristo e com os irmãos, e também uma demonstração plausível do senhorio de Cristo na Igreja e nas nossas vidas, além de ser a celebração da nossa vida de santificação, missão e convicção e adoração, pois o Cordeiro que estava morto ressuscitou e está presente no meio do seu povo (Mt. 18.20; Ap. 1.4-8,18)

No “futuro”, a Santa Ceia do Senhor declara com eloqüência a volta de Cristo (I Co.11.26) “até que ele venha” e também aponta para o grande banquete no porvir, quando todos os servos do Senhor estarão presentes com o nosso Deus, como está escrito no Santo Evangelho ( Mt. 8.11; Lc. 1.22; Mc. 14.25; Lc. 22.18).

Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça (..). E, tomando o cálice e havendo dado graças, disse: Tomai-o e reparti-o entre vós, porque vos digo que já não beberei do fruto da vinde, até que venha o Reino de Deus. E tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-lhe dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice depois da ceia, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue que é derramado por vós. (Palavras de Jesus Cristo, narrada por São Lucas 22.7-20)

Edward Bragg disse com clareza: “ Todos os que se assentam em torno da Mesa do Senhor são iguais”. Encerro com a sentença do erudito Langstom que falando a respeito da igreja disse:

A Igreja é a comunidade cristocêntrica ( Cristo é o centro); as suas atividades devem ser inspiradas e dirigidas por Cristo. O motivo é Cristo. O modelo é Cristo. O objetivo é Cristo.


O PECADO DA INCREDULIDADE.



Entre os que se professam "cristãos", há três pontos de vista em relação à morte de Cristo. Crê-se que Cristo morreu por uma das seguintes razões:

1. Por todos os pecados de todos os homens;
2. Por todos os pecados de alguns homens;
3. Por alguns pecados de todos os homens.

A terceira razão deve ser incompatível a todo cristão, pois, se a propiciação cobriu somente alguns pecados, então todos teríamos pecados não cobertos e terminaríamos condenados irremediavelmente.

A segunda razão é chamada às vezes de o ponto de vista "calvinista" e ensina que há uma salvação eficaz para somente algumas pessoas eleitas.

A primeira razão é a idéia de uma propiciação universal. Esta tem certos problemas lógicos, porém pelo fato de a maioria dos cristãos não se sentirem cômodos com a idéia de uma salvação pela metade (a terceira razão), e não quererem admitir que Deus é o que decide quem deles serão salvos e quem não, então se contentam em crer que Cristo morreu por todos os pecados de todos os homens.

O problema está em explicar como é que muitas pessoas cujos pecados foram propiciados, finalmente terminam no inferno. Se Cristo morreu por todos os pecados de todos os homens, então todos os homens, sejam budistas, muçulmanos, hindus, católicos, protestantes, etc., devem ir ao céu.

Alguém pode contestar que a resposta ao problema é a falta de fé ou, em outras palavras, a incredulidade. Porém o problema aqui é que a incredulidade é também um pecado, e é o mais horrível de todos os pecados.

Se Cristo morreu por todos os pecados, então morreu pelo pecado da incredulidade também. Porém se morreu para propiciar todos os pecados menos o da incredulidade, então estamos dizendo que morreu somente por alguns pecados de todo o mundo. Porém se Cristo morreu por todos pecados, e se morreu por todos os homens, então morreu por todos os pecados de todos os homens, incluindo a incredulidade deles.

No fundo, o problema que temos, que não nos deixa resolver o dilema com a doutrina da propiciação, está ligado com nossa filosofia moderna relacionada com o homem e seus "direitos". O lema político moderno nos tem pregado liberdade, comida e educação para todos. Por causa disso, a idéia de um Deus que é o fator determinante de tudo não é bem aceita pelo homem moderno. Tem sido ensinado nas escolas que não se deve tolerar distinções de pessoas nesta vida, e por isso supomos que não deve haver distinções de posições na vida espiritual. Se cremos na liberdade para todos no mundo, porque não crer na propiciação para todos para ir ao céu?

Porém Deus não governa o universo como uma democracia. A salvação, ao contrário da liberdade política, não é um direito que podemos reclamar. O grito "dêem-nos uma oportunidade a todos por igual" é um lema bonito para ser apresentado em um motim político. Porém não deve se dizer isso diante de Deus. Não nos acercamos ao Soberano do universo como cidadãos que demandam direitos. Nos acercamos como rebeldes violentos, réus dignos de morte e insolentes; que temos pisoteado Sua vinha, atacado Seus obreiros, e assassinado a Seu Filho. Não há sequer um de nós que mereça ser perdoado; e se Deus fosse perdoar a alguns dos culpados, poderiam os outros culpados queixar-se?

Aos homens não se tem dado uma "oportunidade" de salvar-se. Em vez de dar-lhes oportunidades, é-lhes dada a graça. Recebem de Deus "graça", não "direitos". Nós devemos permanecer maravilhados ante tão grande misericórdia. Porém alguns soberbamente demandam que Deus dê a graça a todos por igual. Porém Deus não está sujeito à constituição de nenhum país.

A Bíblia nos diz, antes da morte de Cristo, que Ele viria para "salvar Seu povo de seus pecados". Durante Seu ministério na terra, Ele proclamou constantemente que havia vindo para um grupo especial de pessoas, que Ele chamou Suas "ovelhas", que são distintas de outras que não são ovelhas (veja João 10).

Fonte: Monergismo

domingo, 29 de setembro de 2013

CRENTE PODE TER DEPRESSÃO?

CRENTE PODE TER DEPRESSÃO?


O assunto é polêmico no meio evangélico: um cristão pode ou não ter depressão? O mal do século faz vítimas de todas as idades e classes sociais, uma doença psicológica que atinge todas as áreas da vida, até mesmo a espiritual.
Em seu site, o Verdade Gospel, o pastor Silas Malafaia que também é psicólogo comentou o tema explicando as diferentes formas de depressão e alertando para o fato de que ela pode atingir qualquer pessoa. “A pessoa deprimida fica triste e apática, e pode deixar de orar, de ler a Bíblia, de ir à igreja, e até ser levada a pensar que Deus a abandonou”, diz.
Para o pastor assembleiano, por ficar sem ânimo até para as coisas de Deus, a pessoa com depressão passa a ser rotulada como “espiritualmente fraca” e quem não entende a gravidade dessa doença acaba dizendo que a depressão é uma obra satânica.
“Nem toda enfermidade mental ou emocional é causada por culpa ou por espíritos malignos. É preciso investigar cada caso, para averiguar a causa do problema e buscar o tratamento mais adequado”, ensina Malafaia
.O líder religioso também ensina que é necessário fazer exames periódicos com médicos e também buscar aconselhamento com neurologistas, psiquiatras, psicólogos para poder saber se há ou não a necessidade de tratamento, que seja terapêutico ou medicamentoso.
O ideal, ainda de acordo com o pastor Silas Malafaia, é a pessoa saber que não é vergonhoso identificar o problema e buscar a solução, pois quanto mais cedo receber o diagnóstico, mais rápido será o tratamento.
“Jesus, de modo indireto, validou o trabalho dos médicos quando disse, em Mateus 9.12, que os sãos não necessitavam de médico, e sim os doentes. Se você se encontra oprimido pela depressão, procure ajuda de um médico imediatamente e ore a Deus, pedindo-lhe que oriente seu tratamento e o abençoe com a cura”.

BATALHA ESPÍRITUAL

Batalha Espiritual

Confronto, combate travado no mundo espiritual por servos de Deus usando armas espirituais: oração, jejum, adoração, fé e a palavra de Deus. Diferentemente de uma guerra natural, em uma batalha espiritual não se entra sem armadura de Deus. (Ef.6:10-20) Finalmente, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes permanecer firmes contra as ciladas do Diabo; pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestes.Portanto tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes. Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçando os pés com a preparação do evangelho da paz, tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos,e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nele eu tenha coragem para falar como devo falar.
Santidade, louvor, comunhão com o Santo Espirito e cobertura da Igreja de Jesus Cristo, contra a qual as portas do inferno não podem prevalecer (Mt.16:18-19) Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus.confronto proposto entre o mundo das trevas (satanás e seus demônios)e o mundo da luz (Deus Pai,Filho e espírito Santo;nós, seus filhos e os anjos de Deus), para libertação dos cativos,retomada de territórios e liberações espirituais (Isaias 61:1-4) O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes; a ordenar acerca dos que choram em Sião que se lhes dê uma grinalda em vez de cinzas, óleo de gozo em vez de pranto, vestidos de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado. E eles edificarão as antigas ruínas, levantarão as desolações de outrora, e restaurarão as cidades assoladas, as desolações de muitas gerações.

Fiquem na Paz

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A TOLERÂNCIA PARA COM OS FRACOS NA FÉ

Rm 14.1 ORA, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
 Aqui Paulo ensina que não devemos querer achar a razão, porque, se alguém está ENFERMO NA Fé, deve-se recebê-lo, não querendo aplicar a Lei, mas aplicar a Graça, porque a Graça que É pela fé.

Rm 14.2 Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.

Aqui Paulo esclarece que, os que estão enfermo na fé, acham que seja pecado comer carne.

"e outro, QUE É FRACO, come legumes". Paulo fala que os enfermos na fé, acham que comer carne seja pecado.

Rm 14.3 O que come não despreze o que não come; e o que não come, não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.

 Os cristãos sabem respeitar os que se sentem na necessidade de só comerem legumes.

 Mas os fracos que acham que comer carne seja pecado, e por isso só comem legumes; esses sim que se acham no direito de criticar os que comem carne, embora também comamos legumes.

Paulo mostra que os comedores só de legumes, e que não comem carne; que são os criticadores, acusando de estarem pecado os que comem carne.

Daí Paula está dizendo que os comedores de legumes segundo a Lei, são os ENFERMOS NA FÉ.

Rm 14.4 Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai. Mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.

Aqui Paulo fala contra os que comem legumes, se justificando na Lei, que por estarem ENFERMOS NA Fé, julgam o servo alheio.

Paulo esclarece que esses ENFERMOS NA Fé, tem que aprender que não é o comer carne, e nem somente comer legumes que estejam na Graça de Deus, porque É Deus quem fortifica a todos, independentemente dos artigos da Lei, falando contra os que se acham certos em citarem a Lei para julgarem os que estão na Graça.

Jesus ensinando seus discípulos disse: “Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e, depois, é lançado em lugar escuso? Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem. Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias” (Mt 15.17-19).

Rm 14.5 Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em sua própria mente.
 Aqui Paulo fala que o considerar um dia ou outro, não é questão de mandamento, mas sim de VOLUNTARIEDADE DE Fé.

Paulo esclarece que NINGUÉM deve se considerar debaixo da LEI DE TER QUE GUARDAR UM DIA EM 7.

Ora, se um Cristão quer consagrar ao Senhor um, dois, três dias na semana, conforme o sentimento do seu coração na SENSIBILIDADE da GRAÇA DE DEUS, não pode ser criticado, pois NÃO O FAZ POR QUESTÕES DE MANDAMENTO DE TER QUE GUARDAR, mas com CONVICÃO e SEGURO de que está reconhecendo o SENHORIO DE CRISTO.

Rm 14.6 Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz e o que não faz caso do dia para o Senhor o não faz. O que come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus.

Conforme está explicado quanto ao ves. 5; Paulo fala do sentido da SENSIBILIDADE ESPIRITUAL DE FÉ e não SOB-RIGOR DA UMA LEI, que OBRIGAVA GUARDAR UM DIA EM 7.

Quem passa seus DIAS aqui, sabe-se que há os que não são gratos a Deus pelos DIAS que vivem, não reconhecendo que suas vidas foram dadas por Deus.

Há os verdadeiros cristãos adoradores do Senhor, que EM TODOS OS DIAS agradecem a Deus por mais um DIA, sabendo discernir, não pela Lei, mas pela Fé, que a Vida que vivemos foi dada por Deus o DIA que vivemos, também foi dado por Deus.

Portanto devemos consagrar TODOS OS DIAS AO SENHOR, e não somente um em 7, sob a obrigatoriedade da Lei do Velho Conserto.

AGORA QUANTO A QUESTÃO DO COMER:
Paulo esclarece que devemos comer com discernimento e de consciência limpa, sem o sentido do não coma isso ou aquilo, pois essas coisas são requisitos da LEI.

Ora, que comamos carne, ou não, devemos dar graças ao Senhor e este ensino Deus nos Deu na revelação que deu a Pedro quanto à sua visão do lençol, para que Pedro deixasse de considerar IMUNDO o QUE DEUS PURIFICOU.

 Há os que não comem carne por questões de legalismo tão somente, e ainda criticam os que comem carne, ou seja, como Paulo bem afirmou: SÃO OS ENFERMOS NA Fé.

Paulo não usava o expediente de armações doutrinárias; como faziam os legalistas do Velho Conserto da época de Paulo; os legalistas do Velho Conserto do sabatista do Sétimo Dia, o fazem nos dias de hoje.

Para justificarem guarda de sábados no NOVO CONSERTO, deturpam Cl 2.16,17, como tenta deturpar Rm 14.4,6, como provado aqui.

Ou seja, para justificarem que seja pecado comer carne, inclusive de porco fazem falcatruas doutrinárias, de que Paulo estaria se referindo a dias de festas e não do quotidiano.

Só que no Torah havia permissão de comer carne, tanto das dos dias de festas, quanto fora dos dias de festas:
Enquanto que, há ordem de NÃO COMER CARNE, assim como a ORIENTAÇÃO para COMER CARNE.

Jr 7.21 - Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei carne.

Dt 12.20 - Quando o Senhor teu Deus dilatar os teus termos, como te disse, e disseres: Comerei carne; porquanto a tua alma tem desejo de comer carne; conforme a todo o desejo da tua alma, comerás carne.

Dt 12.15 - Porém, conforme a todo o desejo da tua alma, matarás e comerás carne, dentro das tuas portas, segundo a bênção do Senhor teu Deus, que te dá em todas as tuas portas; o imundo e o limpo dela comerá, como do corço e do veado;

Não era proibido comer carne limpa ou imunda. Sabemos que há casos que não se podia comer carne, nem limpa e nem imunda; e assim vemos que o sabatista DESCONTEXTUALIZA a Palavra de Deus, optando em seu dogma decisões segundo o entendimento humano, que são as tradições carnais.

Não há na Bíblia nenhum ordem de COMER ou NÃO COMER legumes e vegetais.

“Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão” (Rm 14.13).

A primeira parte do versículo Paulo nos ensina a não julgar uns aos outros. [....] Embora devamos abster-nos de julgar uns aos outros em questões triviais, os crentes devem encorajar uns aos outros tendo em vista a semelhança a Cristo e a santidade quanto à fé, a doutrina e a moral (Hb 10.24). Trata-se de, com toda a sinceridade, avaliar (1ª Ts 5.21; 1ª Jo 4.1), corrigir e repreender uns aos outros em amor e humildade (Lc 17.3) e, quando necessário for, exercer a disciplina eclesiástica (cf. 1ª Co 5.12,13; 2ª Ts 3.6,14; 1ª Tm 5.20,21; 2ª Tm 2.24-26; 4.2).

A palavra tropeço no original é Skandalon que é traduzida por “escândalo”, “tropeço”, “armadilha”, e “cilada”, e skandalizein é o verbo correspondente.

Quando nos voltamos ao NT descobrimos que a RA quase sempre traduz skandalon por “tropeço”, palavra esta que é melhor entendida quando vamos àquelas passagens com o sentido duplo de skandalon em nossas mentes; achamos que em certas passagens o outro significado oferece um quadro mais vivo.

A palavra skandalon não é de modo algum uma palavra do grego Koiné. Na realidade ela é sem dúvida do grego posterior [skandaléthron], que significa “a vareta com isca na armadilha”. O skandaléthron era o braço ou a vareta em que a isca era fixada. O animal para o qual a armadilha era armada era levado pela isca a tocar ou pisar na vareta; a vareta acionava uma mola, e assim o animal era conduzido à sua captura ou destruição.

No grego clássico a palavra significa “armadilhas verbais” armadas para levar uma pessoa a ser derrotada num argumento. Portanto, fica claro que a qualidade original da palavra não era tanto “uma pedra de tropeço” para fazer alguém tropeçar, mas uma “atração” para levar alguém à destruição.

Na Septuaginta, portanto, a palavra skandalon tem duas idéias por trás dela. Significa ou uma “pedra de tropeço”, objeto colocado no caminho de um homem para fazê-lo tropeçar, ou “uma armadilha”, “uma isca”, “um engodo” para atraí-lo para fora do seu caminho e assim arruiná-lo.

A palavra “pedra de tropeço” aos Romanos 14.13, é mais apropriado e essencial. Paulo nos ensina a não colocarmos “tropeço” ou “escândalo” diante de nosso irmão. A palavra aqui traduzida “escândalo” é proskomma, que significa “barreira”, “impedimento”, “obstáculo que bloqueia a estrada”. É a palavra que seria útil para descrever uma árvore que foi cortada e colocada atravessando a estrada para bloqueá-la.

Jesus confronta os líderes religiosos de sua época dizendo:

 “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando!” (Mt 23.13).

Jesus está falando que os religiosos não entram no Reino dos Céus, nem deixam entrar quem quer entrar, ou seja, eles colocam barreiras que são as doutrina de homens (Mt 15.9), assim eles “atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles mesmos nem com o dedo querem movê-los (Mt 24.4).

Paulo nos ensina que nunca devemos praticar ou permitir coisa alguma que seja um obstáculo no caminho para a bondade. Em Mateus 13.21 declara-se que o ouvinte superficial da palavra é “escandalizado” (skandalizein) pela perseguição. A perseguição é um tropeço que o impede de avançar pelo caminho cristão.

Os fariseus “se escandalizaram” com Jesus e Suas palavras (Mt 15.12). Jesus prediz que todos os Seus discípulos se “escandalizarão” com Ele (Mt 26.31). Os falsos mestres armam “ciladas” diante dos outros (Ap 2.14). Os fariseus acham a cruz de Cristo um “escândalo” (lª Co 1.23; Gl 5.11). Em todos estes casos, as palavras significam algo que impede o progresso de um homem, algo que o faz tropeçar, algo que lhe impede o caminho. Esse “algo” pode provir da atuação maliciosa dos outros, ou pode provir do preconceito e orgulho do próprio coração do homem.

Jesus avisou com bastante franqueza: “Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Aí do mundo, por causa dos escândalos; porque é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!” (Mt 18.6-7).

Segundo o ensino de Jesus, quem arruinar espiritualmente uma criança, ou um crente sincero, incorrerá em maior ira de Cristo.

Pastores, padres, professores e principalmente os pais devem prestar atenção especial a esta palavra de Cristo. É responsabilidade dos pais e mestres instruírem as crianças nos caminhos de Deus.

Jesus diz que inevitável o homem trazer escândalo. Mas, também adverte com um “ai” de juízo para aquele que escandalizam a obra de Deus pelos seus maus atos. Seria melhor atar uma pedra de moinho no pescoço e se jogar no mar. Teriam uma condenação menos acentuada no inferno.

14.20 “Não destruas a obra de Deus” – Este é um IMPERATIVO PRESENTE ATIVO com a PARTÍCULA NEGATIVA, o que normalmente significa parar um ato já em processo. Este é um VERBO COMPOSTO (kata + luō) bastante forte, usado somente três vezes nos escritos de Paulo (em 2ª Co 5.1, para falar de morte, e em Gl 2.18 com o mesmo sentido daqui, ou seja, de “destruir”). Há um jogo linguístico entre “edificar” (v. 19) e “destruir”, significando literalmente “derrubar”. Ambos são metáforas da área de construção.

Qual é “a obra de Deus” neste contexto? Não pode ser maturidade, mas a atividade do Espírito na vida dos crentes “fracos”. Nem neste contexto nem em 1ª Co 8-10 Paulo diz que um grupo deve ajudar o outro a mudar ou a se adaptar! “é verdade que tudo é limpo”.

Pr. Elias Ribas


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

BEMA

Bema

Definição
BEMA - Vocábulo grego usado para designar o Tribunal de Deus (Rm 14.10) a ser instalado logo após o arrebatamento da Igreja, e que terá por objetivo julgar os santos.

A finalidade

A finalidade deste julgamento não é condenar nenhum crente à danação eterna, mas galardoar os que bem atenderam às reivindicações da Grande Comissão:

 “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal” (2 Co 5.10).

O mal a que se refere o apóstolo Paulo não é propriamente o pecado; é a forma como o crente encara suas responsabilidades concernentes ao Reino de Deus.

É a omissão quanto aos reclamos sempre urgentes da comissão que nos deixou o Senhor Jesus - evangelizar o mundo.

O lugar para o qual os ímpios serão enviados

Na teologia dos dias atuais há uma evidente tendência, nalguns círculos, de eliminar a ideia de punição eterna.

Os extincionistas, que ainda estão representados em seitas como o adventismo e a “aurora do milênio”, e os defensores da imortalidade condicional, negam a existência perpétua dos ímpios e, com isso, tornam desnecessário um lugar de punição eterna.
Na teologia “liberal” moderna, a palavra “inferno” é geralmente considerada como um designativo figurado de uma condição puramente subjetiva, na qual os homens podem achar-se mesmo enquanto na terra, e a qual pode tornar-se permanente no futuro. Mas essas interpretações certamente não fazem justiça aos dados da escritura!

A Bíblia ensina a existência permanente dos ímpios

Não pode haver dúvida razoável quanto ao fato de que a Bíblia ensina a existência permanente dos ímpios, Mt 24.5; 25.30, 46; Lc 16.19-31. Além disso, em conexão com o tema do “inferno”, a Bíblia emprega expressões indicativas de lugar o tempo todo.

A geena de fogo

Ela dá ao lugar de tormento o nome de geena, nome derivado do hebraico ge (terra, ou vale) e hinnom ou beney hinnom, isto é, Hinnom ou filhos de Hinnom.
Este nome foi aplicado originariamente a um vale sito a sudoeste de Jerusalém. Era o lugar em que os ímpios idólatras sacrificavam seus filhos a Moloque, fazendo-os passar pelo fogo. Daí era considerado impuro e, em tempos mais recentes, era denominado “vale de tophet” (escarro), como uma região completamente desprezada.
Fogueiras ardiam ali constantemente, para consumir o lixo de Jerusalém. Como resultado, veio a ser um símbolo do lugar de tormento eterno. Mt 18.9 fala de tem geenan tou pyros, a geena de fogo, e esta expressão forte é empregada como um sinônimo de to pyr to aionion, o fogo eterno, que aparece no versículo anterior.
A Bíblia fala também de uma “fornalha acesa”, Mt 13.42, e de um “lago de fogo” (ou “do fogo”), Ap 20.14, 15, que se contrasta com o “mar de vidro, semelhante ao cristal”, Ap 4.6.
Os termos “prisão”, 1 Pe 3.19, “abismo”, Lc 8.31 e “tártaro”, 2 Pe 2.4 (margem), também são empregados.
A Escritura se refere aos excluídos do céu dizendo que estão fora (nas trevas exteriores) e que são lançados no inferno.

Qual será a punição eterna dos ímpios?

Positivamente se pode dizer que consistirá em

(a) ausência total do favor de deus;
(b) uma interminável perturbação da vida, resultante do domínio completo do pecado;
(c) dores e sofrimentos positivos no corpo e na alma; e
(d) castigos subjetivos, como agonias da consciência, angústia, desespero, choro e ranger de dentes, Mt 8.12; 13.50; Mc 9.43, 44, 47, 48; Lc 16.23, 28; Ap 14.10; 21.8.

Evidentemente, haverá graus na punição dos ímpios. Isto se deduz de passagens como Mt 11.22, 24; Lc 12.47, 48; 20.17.
Sua punição será proporcional ao seu pecado contra a luz que receberam. Mas, não obstante, será punição eterna para todos eles. Esta verdade é exposta claramente na Escritura, Mt 18.8; 2 Ts 1.9; Ap 14.11; 20.10.

Louis Berkhof
Instituto Bíblico Abba

domingo, 1 de setembro de 2013

A HISTÓRIA SEGUNDO YeHoSHua



Artigo de Juanribe Pagliarin

Cinco dias antes de ser preso e crucificado, Jesus fez um resumo da Historia bíblica e contou, com detalhes surpreendentes, o que aconteceria com Ele naquela Páscoa do dia 9 de abril, no ano 27 d.C. 
E tudo isso em uma breve Parábola, o que demonstra o seu alto grau de inteligência e síntese. E mais: na mesma Parábola, contou o que aconteceria com Jerusalém e Israel, depois da Sua morte...

Ler a Parábola da Vinha Arrendada é tomar ciência de que nada ocorreu por acaso ou de forma descontrolada. E que Ele realmente é QUEM a Escritura afirma ser: DEUS SALVADOR, tradução de Seu nome hebraico YeHoSHua.

Quero lembrar que “Parábola” é um estilo de conto em forma de enigma, onde as palavras dizem uma coisa, mas significam outra. A sua interpretação se dá por estudo e comparação. Faço questão de explicá-la miudamente depois, para que você tenha um entendimento mais completo dos fatos. 
Vamos a esta impressionante Parábola profética, contada por JESUS:

“Havia um homem, proprietário, que plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar e edificou uma torre. Depois, arrendou-a a uns lavradores e partiu para fora da terra, por muito tempo.
No tempo próprio, enviou um servo aos lavradores para que deles recebesse do fruto da vinha. Mas estes, apoderando-se dele, o espancaram e o mandaram embora de mãos vazias.
E tornou a enviar-lhes outro servo. E a este, apedrejando-o, o feriram na cabeça e, afrontando-o, mandaram-no vazio.
Então enviou ainda outro e a este mataram. E a outros muitos, dos quais a uns espancaram e a outros mataram.
Depois enviou ainda outros servos, em maior número do que os primeiros. E fizeram-lhes o mesmo. 
Disse o senhor da vinha: Que farei? 
Ora, tinha ele ainda um, o seu filho amado.
Então, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: A meu filho terão respeito.
Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo, e a herança será nossa.
E, agarrando-o, o arrastaram para fora da vinha e o mataram.

(Jesus terminou a parábola e perguntou aos ouvintes)
Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?
Responderam-lhe eles: 
- Fará perecer miseravelmente a esses maus e arrendará a vinha a outros lavradores, que a seu tempo lhe entreguem os frutos.
Disse-lhes Jesus:
- Portanto eu vos digo que vos será tirado o Reino de Deus e será dado a um povo que dê os seus frutos.
E, ouvindo eles isso, disseram:
- Não seja assim!
Mas Ele, olhando para eles, disse:
- Que é isto, pois, que está escrito: A pedra que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça da esquina; isso foi feito pelo Senhor e é coisa maravilhosa aos nossos olhos? Quem cair sobre esta pedra será despedaçado. E aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó.
Os principais sacerdotes e os fariseus, ouvindo essa parábola, entenderam que era deles que Jesus falava. E procuravam prendê-lo, mas temeram o povo, porquanto este o tinha por profeta. E, deixando-o, foram-se.”

Notas do Autor: Você pode conferir cada detalhe em Mt 21:33a, Mc 12:1b, Lc 20:9b, Mc 12:2-4a, Lc 20:11b, Mc 12:5, Mt 21:36, Lc 20:13a, Mc 12:6a, Mt 21:37-38a, Mc 12:7b, Mt 21:39-41, 43, Lc 20:16b-17, Mc 12:11, Mt 21:44-45, Mc 12:12b

Nesta parábola, de forma brilhante, Jesus resume toda a história de Israel com sublime riqueza! E não apenas contou o passado, mas o presente e antecipou o futuro. Vale a pena meditarmos:

UM HOMEM, PROPRIETÁRIO 
É Deus: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o Mundo e aqueles que nele habitam” (Salmo 24:1).
QUE PLANTOU
Os descendentes de Abraão foram transportados do Egito e plantados por Deus na terra de Canaã, conforme declara o Salmo 80:8: “Trouxeste do Egito uma videira. Lançaste fora as nações e a plantaste”.
UMA VINHA
Israel: “Pois a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel e os homens de Judá são a planta das suas delícias” (Isaías 5:7a).
CERCOU-A DE UMA SEBE
São os arbustos plantados com ramos entrelaçados que servem para cercar terrenos. Na parábola, os muros de Jerusalém.
CAVOU NELA UM LAGAR
As uvas são lançadas numa espécie de tanque com escaninhos, onde são pisadas para que produzam o suco e o vinho novo. O objetivo de Deus ao plantar Israel era que a Sua “Vinha” produzisse frutos e servisse a todas as Nações (Gênesis 12:1-3).
EDIFICOU UMA TORRE
A torre servia para que o vigia enxergasse além da sebe e avisasse sobre os perigos iminentes. A “Torre” é o Templo de Jerusalém, edificado no território de Judá, “a delícia da Vinha”.
ARRENDOU-A A UNS LAVRADORES. 
Todo arrendamento é feito mediante um contrato – no caso, “a Lei e os Profetas”, onde a coisa fungível – “a Vinha” – é usada por certo tempo. Os arrendatários devem pagar um preço pela fruição da coisa. Qual era o fruto que o proprietário esperava? “Juízo e Justiça”.
Aqui também fica claro o princípio da mordomia: Deus é o proprietário de tudo, e nós, os seus mordomos. Cada um tem de ser fiel na porção que recebeu, para que possa ser honrado com posses definitivas: “Se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?” (Lucas 16:12).
PARTIU PARA FORA DA TERRA, POR MUITO TEMPO
Depois do contrato celebrado no Monte Sinai e tendo entregado a “Vinha” aos “lavradores”, o Senhor se ausentou para fora da Terra, “por muito tempo”.
NO TEMPO PRÓPRIO
Jesus disse que Deus “reservou tempos e épocas à sua própria autoridade” (Atos 1:7), conforme está poeticamente descrito em Eclesiastes: “Tudo tem a sua ocasião própria e há tempo para todo propósito debaixo do Céu: há tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou. Tempo de matar e tempo de curar. Tempo de derribar e tempo de edificar. Tempo de chorar e tempo de rir. Tempo de prantear e tempo de dançar. Tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras. Tempo de abraçar e tempo de abster-se de abraçar. Tempo de buscar e tempo de perder. Tempo de guardar e tempo de deitar fora. Tempo de rasgar e tempo de coser. Tempo de estar calado e tempo de falar. Tempo de amar e tempo de odiar. Tempo de guerra e tempo de paz” (Eclesiastes 3:1-8).
ENVIOU UM SERVO AOS LAVRADORES... E TORNOU A ENVIAR-LHES OUTRO
Deus começou enviar os seus “servos”, os profetas, para que recebessem os frutos devidos: “Desde o dia em que vossos pais saíram da terra do Egito, até hoje, tenho-vos enviado insistentemente todos os meus servos, os profetas, dia após dia. Contudo não me deram ouvidos, nem inclinaram os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz. Fizeram pior do que seus pais” (Jeremias 7:25-26).
E A OUTROS MUITOS, DOS QUAIS A UNS ESPANCARAM E A OUTROS MATARAM
A história de Israel é farta em relatos sobre profetas que foram maltratados, torturados, assassinados, serrados ao meio. O profeta Neemias, em 430 a.C., confessando a Deus a ingratidão dos “arrendatários”, orou, dizendo: “Tomaram cidades fortificadas e uma terra fértil, e possuíram casas cheias de toda sorte de coisas boas, cisternas cavadas, vinhas e olivais, e árvores frutíferas em abundância. Comeram, pois, fartaram-se e engordaram, e viveram em delícias, pela tua grande bondade. Não obstante foram desobedientes e se rebelaram contra ti. Lançaram a tua Lei para trás das costas e mataram os teus profetas que protestavam contra eles para que voltassem a Ti. Assim cometeram grandes provocações” (Neemias 9:25-26). 
Mesmo sabendo que esta seria a atitude dos “lavradores”, Deus, amorosa e insistentemente, continuou enviando os seus “servos”. Deus nunca desiste, por maior que seja a rebeldia.
ORA, TINHA ELE AINDA UM, O SEU FILHO AMADO
Jesus é o Filho unigênito e amado de Deus (Salmo 2:7, Mateus 3:17, 17:5, João 3:16, Hebreus 1:5). Porém, ao contar esta parábola, Jesus humildemente se apresenta como um servo, ainda que seja o Filho Amado. Por isso, na profecia de Isaías lemos: “E agora diz o Senhor, que me formou desde o ventre para ser o Seu servo, para tornar a trazer-Lhe Jacó, e para reunir Israel a Ele (pois aos olhos do Senhor sou glorificado e o meu Deus se fez a minha força). Sim, diz Ele: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os preservados de Israel: também te porei para Luz das Nações, para seres a Minha Salvação até a extremidade da Terra” (Isaías 49:5-6).
POR ÚLTIMO, ENVIOU-LHES SEU FILHO
Jesus foi o Último a ser enviado por Deus. Depois Dele, Deus nunca mais mandou e nem mandará ninguém. Ele já havia dito: “Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores” (João 10:8). E o mesmo se aplica aos que vieram depois. Por isso, Ele disse: “EU SOU o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da Morte e do Inferno” (Apocalipse 1:17b-18). E ainda: “EU SOU o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da Fonte da Água da Vida” (Apocalipse 21:6).
MATEMO-LO, E A HERANÇA SERÁ NOSSA
A ideia de matar Jesus foi impulsionada pelo medo de perder os privilégios sociais e religiosos. Os “lavradores”, reunidos, resolveram matar o Herdeiro (João 11:47-50).
E, AGARRANDO-O, O ARRASTARAM PARA FORA DA VINHA E O MATARAM
Sendo a “Vinha” Israel, ao entregarem Jesus aos dominadores romanos, lançaram fora a jurisdição territorial e espiritual. Ainda: sendo a cidade murada de Jerusalém o centro da “Vinha”, Jesus está mostrando que o “filho amado” será morto fora da Cidade Santa, conforme o relato de Sua crucificação: “Então o levaram para fora, a fim de O crucificarem” (Marcos 15:20).
QUE FARÁ ÀQUELES LAVRADORES? 
Lembrando que Jesus está em Jerusalém e pergunta aos seus moradores o que fazer com a “Vinha e aos lavradores”, e comparando esta pergunta com um texto dos “Profetas”, constatamos que esta pergunta já tinha sido feita com setecentos anos de antecedência: “Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre Mim e a minha Vinha. Que mais se podia fazer à minha Vinha, que eu lhe não tenha feito?” (Isaías 5:3-4).
FARÁ PERECER MISERAVELMENTE A ESSES MAUS
Este juízo saiu da boca dos próprios “lavradores” e também estava previsto nos “Profetas”: “Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe e será devorada; derrubarei a sua parede e será pisada; e a tornarei em deserto; não será podada nem cavada, mas crescerão nela sarças e espinheiro; e às nuvens darei ordem que não derramem chuva sobre ela. Pois a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta das suas delícias. E esperou que exercessem Juízo, mas eis aqui derramamento de sangue. Justiça, e eis aqui clamor” (Isaías 5:5-7).
Os lavradores maus pereceram no ano 70 da era atual, quando o general romano Tito cercou Jerusalém e a destruiu, juntamente com o Templo, não ficando ali “pedra sobre pedra”, conforme Jesus havia profetizado (Mateus 24).
VOS SERÁ TIRADO O REINO DE DEUS, E SERÁ DADO A UM POVO QUE DÊ OS SEUS FRUTOS
Também isto já estava previsto nos Profetas: “E naquele dia muitas nações se ajuntarão ao Senhor e serão o meu povo. E habitarei no meio de ti e saberás que o SENHOR dos Exércitos me enviou a ti” (Zacarias 2:11). 
Este povo é o “gentio”, que antes não era povo de Deus, mas, por ter recebido Jesus Cristo, tornou-se povo, conforme diz a Palavra: “Mas, a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu Nome” (João 1:12). 
Este é o povo que recebeu a “Vinha” – o Reino de Deus – e deve dar o seu fruto, apregoando ao Mundo a perfeita vontade de Deus: “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas Daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa Luz. Vós que outrora nem éreis povo, e agora sois povo de Deus. Vós que não tínheis alcançado misericórdia e agora a tendes alcançado” (I Pedro 2:9-10).
A PEDRA QUE OS EDIFICADORES REPROVARAM: 
Jesus é a “Pedra”. Ele citou as Escrituras do Salmo 118:22-23. Ainda sobre a “Pedra”, há uma surpreendente profecia no Livro de Isaías: “Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que ponho em Sião como alicerce uma Pedra, uma Pedra provada, Pedra preciosa de esquina, de firme fundamento” (Isaías 28:16). 
“Sião” é um dos montes sobre o qual Jerusalém foi construída. De tanto ser usada, a palavra “Sião” acabou sendo sinônimo de Jerusalém. Também já estava profetizado que esta “Pedra” seria motivo de tropeço para Israel e Judá: “Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai. E seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso assombro. Então Ele vos será por santuário. Mas servirá de Pedra de tropeço e de Rocha de escândalo, às duas casas de Israel; de armadilha e de laço aos moradores de Jerusalém. E muitos dentre eles tropeçarão e cairão, e serão quebrantados, enlaçados e presos” (Isaías 8:13-15).
O Apóstolo Pedro escreveu que Ele é a Pedra: “Chegando-vos para Ele, Pedra Viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa...”
Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal Pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a Pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma Pedra de tropeço e Rocha de escândalo; porque tropeçam na Palavra, sendo desobedientes” (I Pedro 2:4-8).

Você pode rejeitar Jesus, se quiser. Mas acontecerá na sua vida uma reprodução da tragédia dos lavradores maus. Porque você também está neste mundo como arrendatário e terá de prestar contas da sua mordomia. Porém, se você O receber como único, suficiente, exclusivo e eterno Salvador, o oposto ocorrerá e você terá Vida, e Vida de verdade (João 10:10). 

Se você quiser recebê-Lo agora é muito fácil: apenas creia com o seu coração que Ele é o seu Salvador pessoal e abra a boca para fazer esta oração: 

“Pai querido, eu recebo o Senhor Jesus como meu único, suficiente, exclusivo e eterno Salvador. Perdoa os meus pecados e me purifica com o sangue de Jesus, vertido naquela cruz. Escreve o meu nome no Teu santo Livro, o Livro da Vida, e me ajude a perseverar até o fim. Em Nome de Jesus, amém!”.

Em seguida, procure uma comunidade realmente cristã, que não explora a fé nem a ingenuidade das pessoas, e ali, diante de todos, confirme a decisão que você tomou agora. Peça para ser batizado nas águas e tome a Santa Ceia até a volta de Jesus (I Co 11:26).

Se você quiser se aprofundar no conhecimento da Palavra, faça o CURSO GRÁTIS DE TEOLOGIA na Paz e Vida (você não paga matrícula, não paga material, não paga mensalidade, nem certificado. Não paga nada, durante dois anos).

Também quero lhe oferecer GRÁTIS o livro JESUS – A VIDA COMPLETA: é só passar na Paz e Vida mais próxima, em horário de reunião, e retirar o seu exemplar (endereços em www.pazevida.org.br/enderecos.html). 

Peça também GRÁTIS a edição virtual completa do livro JESUS, com dicionário teológico. Envie e-mail para: pregadores@pregadoresdotelhado.org.br e o arquivo em PDF do livro virá automaticamente, e na hora, na sua caixa de entrada.

Deus abençoe a sua vida!

Juanribe Pagliarin